Iporanga: destino de aventura pra quem não curte ficar parado!
No Carnaval desse ano fui até a cidade de Iporanga conhecer alguns parques e cavernas, com um casal de amigos e meu marido. A experiência foi incrível e inesquecível. Para quem gosta de unir atividades físicas e viagem eu recomendo muito, porque ficar parado por lá não é uma opção.
A viagem, saindo de Sorocaba-SP, dura por volta de 4 a 5 horas. Fomos na sexta-feira a noite e no sábado de manhã já começamos a explorar o local. Para entrada na maioria dos parques e cavernas é obrigatório a contratação de um guia local e também levar equipamentos de segurança como capacete e lanterna de cabeça. Também é importante levar calça, tênis e camisetas de manga curta, em algumas cavernas só é permitida a entrada com esses trajes então para evitar dor de cabeça é melhor estar preparado. Passamos um perrengue no último dia por estarmos de regata e por sorte o guia e seguranças do local nos emprestaram camisetas de manga, se não teríamos perdido o passeio.

O nosso roteiro foi bem diversificado entre cavernas e cachoeiras e eu achei perfeito! Tivemos sorte de pegar sol todos os dias e muito calor, pois a água nas cachoeiras e dentro das cavernas é absurdamente gelada. Nossa primeira visita foi na Caverna do Santana. Eu nunca tinha ido em cavernas e fiquei muito impactada com o visual. Ela é imensa e tem formações incríveis. Em seguida fomos a Caverna do Morro Preto e a Caverna do Couto. O mais incrível é que cada caverna é única, as formações jamais se repetem e em cada uma você vive uma experiência diferente. Depois de andar muito, subir, escalar, fizemos uma parada na Cachoeira do Couto, o que foi revigorante, pois estávamos exaustos. Após a cachoeira ainda visitamos o Mirante Rosa dos Ventos que possui uma vista espetacular e um balanço delicioso e que rende fotos lindas!
No segundo dia fomos até a Caverna do Diabo. É uma caverna mais turística, bem iluminada e segura, bem tranquila, mas ainda assim incrível e enorme! Após sair da caverna percorremos todo o Vale das Ostras, onde visitamos muitas cachoeiras por todo o caminho. O dia estava muito quente, cada cachoeira mais linda que a outra. Parar nas cachoeiras durante o trajeto alivia o calor e o cansaço, então não deixem de curtir cada uma delas (e são MUITAS!). Terminamos o dia na Cachoeira do Meu Deus, uma cachoeira maravilhosa, gigante, exuberante. As fotos falam por mim!
No terceiro dia fizemos a trilha do Betari e chegamos até a Caverna da Água Suja. Pela primeira vez eu vi uma cachoeira dentro de uma caverna, e olha, foi surreal. Chega a ser emocionante de tão lindo, pois além da beleza da cachoeira as formações rochosas adquirem cores incríveis. É surpreendente! Em seguida fomos para a Caverna do Cafezal. E para finalizar o dia, seguimos
para a Cachoeira das Andorinhas e a Cachoeira do Beija Flor. São duas cachoeiras bem próximas uma da outra e ambas maravilhosas, com quedas d’água enormes!

No último dia visitamos a Caverna do Ouro Grosso e a Caverna Alambari de Baixo. Confesso que achei que não poderia mais me surpreender com as belezas desse local, mas o último dia fechou com chave de ouro. A Caverna do Ouro Grosso também possui uma cachoeira dentro dela e também impacta muito, é maravilhosa. A água estava absurdamente gelada mas não tem como ir até lá e não se molhar no poço que se forma abaixo da queda. E a Caverna Alambari de Baixo foi uma das experiência mais emocionantes da viagem, pois alguns trechos a água chegava até o pescoço com o teto bem próximo a cabeça. A sensação foi de um leve desconforto para mim, um pouco de medo mas muita emoção.
Algumas recomendações que fizeram toda a diferença na minha experiência. Contratamos um guia só para o nosso grupo, foi perfeito. Podíamos explorar cada caverna, trilha, cachoeira no nosso tempo, parar para apreciar, tirar fotos, descansar e curtir sem pressa. Então, se possível eu recomendo muito que tenham um guia para o seu grupo. Ficamos em uma pousada mas também é possível acampar por lá.
Eu fiquei feliz de ter um chuveiro quente e uma cama pra dormir porque no final do dia estávamos sempre mortos de cansaço. A internet no celular praticamente não funciona e nossa pousada tinha wi-fi, o que ajudava a nos comunicar a noite e pela manhã com o mundo externo e postar as fotos incríveis rsrs. Para comer tomávamos um café da manhã bem reforçado na pousada e levávamos lanches e água para os passeios.
É imprescindível levar lanches bons porque é o que vai te manter durante todo o dia nas longas trilhas, recomendo levar pães, frutas, castanhas, paçoca. Em alguns passeios era possível encontrar água no trajeto pelos parques e alguns locais contam com banheiros também. O ideal é já sair da sua cidade com os ingressos reservados, guia e pousada contratadas.

Eu tive a sorte de ter uma amiga que já tinha ido uma vez para lá e com a ajuda do dono da pousada onde nos hospedamos, montou esse roteiro que foi impecável, mas existem inúmeras opções de passeios, desde os mais iniciantes em nível de exigência física até os mais avançados. Todos nós do grupo somos ativos e confesso que não foi moleza mas foi totalmente possível!
Voltamos para a casa felizes com aquele sentimento de completude que viagens incríveis nos proporcionam. Foram quatro dias de experiências novas, com amigos queridos em um lugar sensacional. Eu recomendo muito que todos conheçam esses lugares um dia e não vejo a hora de voltar, porque tudo que exploramos foi só um pedaço de tudo que há pra ver lá!
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