Cavaleiro da Lua é a série menos heroica da Marvel

Anunciado no início da pandemia em 2020, Cavaleiro da Lua, da Marvel, teve seu último episódio no último dia 4, fechando a primeira temporada (e ao que tudo indica, a única), que traz um dos personagens mais obscuros da Marvel.

Com um elenco de peso, como Oscar Isaac, Ethan Hawke, May Calamawy, tem em sua sinopse:

A trama acompanha Steven Grant (Oscar Isaac), que trabalha em uma loja de presentes no British Museum. Sofre com constantes “apagões” e tem memórias que parecem ser de outra pessoa. Perseguido por Arthur Harrow (Ethan Hawke), seguidor da deusa Ammit, ele descobre que sofre com transtorno dissociativo de personalidade e que uma delas, Marc, é um ex-mercenário que aceitou se tornar o avatar do Deus da Lua, Khonshu.

Mitologia Egípcia na Marvel

Ao contrário das outras produções, como WandaVision, Loki, Falcão e o Soldado Invernal e Gavião Arqueiro, aqui temos um outro olhar sobre o universo da Marvel.

O Cavaleiro da Lua se afasta do universo MCU para criar sua própria mitologia, sem amarras com temas relacionados a Vingadores ou efeito Thanos. Tudo isso se torna irrelevante, pois para o contexto desta história não interfere ou não é impactado com aparentemente nada do histórico da Marvel.

E isso é muito bom, temos aqui uma possibilidade de um novo material, que se sustente sozinho, que vai desde uma exploração da mitologia egípcia até de temas psicoemocionais. Que aliás, é o ponto mais alto da série.

Como parte desse universo, temos algumas citações de deuses como: Hórus, o Deus dos céus, Ísis, a Deusa da magia, Tefnut, a Deusa leoa da umidade, Osíris, o Deus da fertilidade e Hathor, Deusa do amor.

Essa mistura de elementos mitológicos com a fantasia da Marvel só agrega, carrega uma sensação de frescor, de algo novo, para um universo estabelecido desde 2008, entre filmes e séries se torna um ótimo caminho para a Marvel seguir com suas séries no Disney Plus.

Oscar Isaac² e um clima road movie

Além de protagonista, ou protagonistas (que é um dos pontos fortes da série), Oscar Isaac assume a produção e faz parte da linha de frente.

A série nada mais é que terapia em forma de road movie, com a premissa de um filme em que os protagonistas saem pela estrada, ou em viagem sem rumo, em busca de aventura, e o que segue simboliza, através de variados encontros e experiências, um caminho para o autoconhecimento e aceitação.

Como duas pessoas em uma jornada juntas, que precisam aprender a conviver e aceitar o lado bom e ruim dentro de suas perspectivas.

O Cavaleiro da Lua é bom, é diferente, talvez cause uma estranheza pela falta de cenas de ação heroicas, mas traz uma nova visão sobre o que é ser “herói da Marvel”. Deixa questões em aberto e, ao que tudo indica, terá espaço em outras adaptações do MCU.

Os seis episódios estão no catálogo do Disney Plus.