Advogada de Fortaleza viraliza na web com vídeos de análise de coloração pessoal: 'Me encontrei'
Durante a pandemia, Ana Luiza Di Francesco acabou saindo do escritório em que trabalhava e decidiu seguir com o projeto de moda, fazendo um curso de análise de coloração pessoal
Uma advogada de Fortaleza sempre quis trabalhar com moda, mas não sabia como. Durante a pandemia, Ana Luiza Di Francesco acabou saindo do escritório em que trabalhava e decidiu seguir com o projeto de moda, embarcando na área de análise de coloração pessoal.
Após fazer o curso de forma online com uma professora do Rio Grande do Sul, Ana criou um perfil nas redes sociais para compartilhar coisas do mundo da moda. Ao temmais.com, a advogada contou que não imaginava o tanto de visualização que teria em seus vídeos e que um dia poderia pensar em mudar de profissão.
“Eu comecei com o Instagram ‘Di Francesca’ nem com o intuito da coloração, mas com dicas de tendências. Até fiz um trocadilho com meu sobrenome para que fosse algo diferente. Via as tendências do momento e comecei fazendo alguns Reels mostrando a mudança de estilo com determinadas cores. Isso fez muito sucesso. O que mais bombou foi um que fiz de cores quentes e frias, fiz na diferença azul e laranja. A partir dele que viralizei, mais de três milhões de visualizações. Me encontrei nessa profissão”, afirmou.
Por meio das redes sociais, ela posta vídeos de dicas sobre coloração pessoal e tem conquistado o público. Confira o vídeo que mais teve visualização.
Mas, afinal, o que é isso?
O estudo de análise de coloração pessoal propõe que cada pessoa conta com características específicas, como tom de pele, cor dos olhos, cor das veias, que ficam mais harmoniosas e equilibradas quando utilizamos determinadas paletas, seja na roupa, nos acessórios e, principalmente, na maquiagem.
No curso, Ana conta que aprendeu a análise de pele das pessoas e como existe diferença no look com os acessórios, makes e roupas certas.
“O diálogo não verbal é a primeira impressão que temos das pessoas. Quando a gente se veste com algo que te valoriza, seja na roupa ou nos acessórios, a gente tem uma imagem diferente”, explicou.
Ana virou consultora de estilo e imagem pessoal, conciliando isso ao trabalho na área do direito. Logo depois do curso, ela começou a fazer consultoria com pessoas mais próximas e investindo nas redes sociais.
Como funciona a consultoria
Começando com o formato online por conta da pandemia, Ana foi expandindo o negócio para pessoas fora do estado e também no exterior. “Eu atendo muitas pessoas no formato online, mesmo as que são aqui de Fortaleza. É uma maneira mais prática de conseguir chegar até as pessoas de qualquer lugar do mundo. A técnica e o resultado são os mesmos, o que muda do online para o presencial é o formato”.
Na consultoria a domicílio, ela vai na casa da cliente e faz os testes baseados na características particulares envolvendo as cores dos tecidos analisados. No formato online, a única diferença é que quem faz o teste das cores é a própria cliente, fazendo fotos com os tecidos e mandando para a consultora.
Após o processo das fotos, Ana se encontra com a cliente, de forma online ou presencial, e apresenta uma cartela que mais a valoriza, com referências de looks, cabelos e maquiagens. A pessoa também tem acesso livre no WhatsApp da consultora.
“É muito gratificante, a autoestima [do cliente] muda demais. Precisamos do autoconhecimento e não nos moldar pela beleza do outro. Desmistificar as regras que as pessoas impõem”, afirmou.
Como funciona a coloração pessoal?

Para realizar a análise, a pessoa deve estar com a pele limpa, sem nenhuma maquiagem, isso porque os tons das olheiras e de possíveis manchas também são levados em conta. Também quem pode interferir são os acessórios, como brincos e colares. Após essas etapas, com o auxílio da luz natural começam as avaliações.
Tecidos de cores diversas são colocados logo abaixo do pescoço da pessoa analisada para saber se a pele:
- Tem temperatura quente, neutra ou fria;
- Tem profundidade clara, média ou escura;
- Tem intensidade opaca, média ou brilhante;
- E tem contraste alto, médio ou baixo.
Depois de passar por essas etapas, é possível descobrir qual cartela de cores valoriza mais as características naturais de uma pessoa e, assim, começar a usar e abusar delas na hora de compor looks e makes.
Dúvidas frequentes
Mesmo com a definição da cartela de cores, não vai existir uma cor que você não possa usar. Segundo Ana, tudo depende do tom que você escolhe.
“A cartela funciona não para te barrar de usar uma determinada cor, mas, sim, para te ajudar a enxergar o que mais realça a cor natural da sua pele. Por exemplo, em cartelas frias, o laranja não existe na composição, mas isso não te impede de usar essa cor. O que mais aparece em uma pessoa são os 30 centímetros próximos ao rosto. Então, se você usar uma calça, bolsa ou algum sapato da cor que não está na sua cartela, não tem problema”.
Outra dúvida é se, quando as pessoas tomam sol, a cor da pele muda. “Cada cartela é definida pelo subtom, caroteno e hemoglobina, e todas as interferências externas não mudam. A sua cartela é vitalícia”, disse.
A hemoglobina é responsável pela coloração avermelhada e o caroteno pelo aspecto dourado. Portanto, a pele fria apresenta maior quantidade de hemoglobina e a pele quente tem maior presença de caroteno.
Além disso, Ana explica que, em mulheres, a cartela pode mudar logo quando acontece a primeira menstruação. “Eu não faço análise em crianças ou adolescentes por conta dessa questão da mudança na menstruação. Isso está ligado com a hemoglobina no corpo da mulher”.
A história da coloração pessoal
Em meados dos anos 1920, a coloração pessoal começou a ser estudada na escola de artes de Bauhaus. Entretanto, foi na década de 1940 que a técnica teve mais destaque, após a estilista e artista plástica americana Suzanne Caygill criar o Método de Análise de Cor – tornando-se, assim, grande pioneira no assunto.
A partir das análises de Suzanne, outras duas personal stylists americanas contribuíram para o aperfeiçoamento da teoria de que determinadas cores realçam mais ou menos a beleza humana.
No final dos anos 1980, a primeira delas foi Carole Jackson, que simplificou os estudos de coloração pessoal, criando a análise de Método Sazonal e definindo que as paletas de cores deveriam ser divididas a partir das quatro estações do ano: paletas primavera e outono, para pessoas com subtom de pele quente, e paletas verão e inverno, para pessoas com subtom de pele frio.
Já nos anos 1990, Mary Spillane aprimorou a técnica proposta por Jackson, criando o Método Sazonal Expandido de análise de cor, que é utilizado até os dias atuais, e propondo que, além dos subtons quentes e frios, também existem pessoas de subtom neutro, formando assim 12 paletas de cores diferentes e considerando características de beleza suaves, claras, brilhantes e profundas.
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